Salmão Transgênico.


Um grupo de investigadores escreveu uma carta para Obama, solicitando que de um toque no FDA ( agência de medicamentos e alimentação, norte-americana) para que tome de uma vez por todas a decisão sobre o salmão transgênico da AquaBounty Technologies. Desde outubro de 2013 que se espera por esse veredicto. Supõe que será aprovado o consumo humano para o salmão transgênico, ao mesmo tempo que abriria caminho para outros animais.
AquaBounty Technologies está no limbo regulatório, pois o ''alimento'' é objeto de considerações a 19 anos, e considera que o FDA age politicamente, e esta carta está assinada por alguns ganhadores do Prêmio Nobel, quando deveria agir cientificamente;
Temem, também, que o animal seja aprovado em algum outro país que tenha marcos ''regulatórios” menos político, mais objetivos.
Alegam que o mesmo, FDA, aprovou em apenas um mês a produção e comercialização de tomates transgênicos... e blá e blá blá blá...

Restaurante Pop-up. Só latinhas. Tin.

Restaurante pop-up Tincan.



Esta semana foi inaugurado em Londres um restaurante pop-up, de latas de conserva. BasiScamente o Tincan oferece peixes e mariscos enlatados. Em alguns países da Europa há latas de conservas que são consideradas gourmet. Coisa que ainda não o é no Reino Unido. No mostruário do Tincan, há latas do mundo todo, e latas que são consideradas de colecionadores. Assim oferece o melhor de pescados e mariscos enlatados do mundo. Figados de bacalhau defumado da Islândia, files de cavala em azeite de Portugal, caviar de ouriço da Galícia... a lista é extensa.
Para acompanhar as latinhas, produtos frescos como Rúcula, limão, cebola, azeite, salsinha e pão.
As conservas são mui apreciadas na Espanha, Portugal e França. Há latas de sardinha, em particular, nestes países que custam a bagatela de 30 euros. Sardinhas pescadas, esvisceradas ou não e enlatadas no barco em pleno oceano, no momento da pesca, com DO. As ameijoas os berbigões (vôngoles) enlatados com molhos finíssimos são de fato gourmandises de juntar sibaritas, como mosca numa rosca doce. .


Tincan, James Street 7, London W1F 9DH    
leia mais em The Guardian e facebook tincan

Alcachofra à Kierkegaard.

Alcachofra à Kierkegaard.


A alcachofra como a cebola são seres kierkegaardianos, dão a impressão que depois de suas várias camadas se pode chegar a um cerne, aos seus âmagos. A cebola é sempre mais doce no seu interior, nas suas capas mais internas. Adoro comer estas partes interiores, cruas.
A Alcachofra não é um ser de toda hora, é sazonal, e é uma flor, anterior a flor que seria se não a colhêssemos antes do tempo. Nada de anormal, pois nos tornamos infanticidas relativamente aos nossos alimentos, pois preferimos comer cordeiro a carneiro, cabrito a bode, novilho a boi, broto de soja a soja, brotos em gerais (rs) pelo indivíduo adulto e baby beef! Pois a alcachofra que comemos se deixada a seu ar, dá numa linda flor azul.

Corto as pontas da folha da alcachofra na altura dos seus ferros, espinhos, e retiro antes de cozê-la as suas folhas mais externas, acerca do talo. Com uma faca afiada, aplaino sua base, e com os retalhos deste aparar, o miolo do talo, e de algumas folhas que tive sorte de encontrar no supermercado, faço uma farofa. Uma farofa de pão. Na verdade uns croutons, mas não jogo o farelo de pão fora, frito junto, e frito em abundante azeite junto ao alho, à limpeza da alcachofra e umas peles de pimenta calabresa, sal e pimenta do reino a gosto.
A alcachofra cozo somente com uns ramos de salsinha. Cozo até que posso com um leve puxão desengastar uma folha, e ao roer o seu ''pé'' sinto-o cozido. Se sim, pronto.
Limpo-a de seus ''espinhos'' até chegar nas pétalas mais carnudas. Tudo sem desmanchar sua forma.
Emulsiono azeite com alho, salsinha e castanha do pará ralada, com um chorinho de conhaque. Tudo cru. Sal a gosto.
Com esta emulsão recheio a alcachofra. Que secundo com a farofa.
Como comer.
Não como a farofa a princípio. Começo pelas folhas internas que virão já temperadas com a emulsão, e venho vagarosamente vindo em direção à borda. Meia hora depois, as folhas estão chupadas, roídas e reroídas. É neste momento que penso, se já vinha desfrutando deste ser desde a sua superfície, desde sua banal aparência, ao se deparar com o fundo, o cerne, o âmago é então que vou me deliciar. Não presta! Corto-o a ponta de faca e misturo com a farofa picante de pão. Ou não!


Pão de Fígado.



Pão de Fígado.

Trata-se de usar o colágeno dos ingredientes. O patê de fígado de galinha é comum. O pé de porco tem quantidades colossais de colágeno. Uma das propriedades do colágeno é grudar, solidificar-se quando a temperatura inferiores da ambiente.
Sendo assim, cozi até quase desmanchar os ossos do pé de porco numa panela com tomates, cebolas, alho, salsinha, tomilho, louro, sálvia, estragão, tiquinho de alecrim, zimbro e dois cravos da Índia, ''dois'', separei a carne dos ossos, e das especiarias, um monte de ossos. Piquei esta carne a ponta de faca e reservei.
Cozinhei os figados de galinha, já limpos e escaldados, juntei na mesma panela, uma coxa e sobrecoxa de frango e uns nacos de toucinho.
Separei os ossos do frango que haviam sido cortados ao meio, para deitarem o tutano no meio.
Bati no processador uma parte dos figados, e piquei à faca as outras carnes.
Juntei-as numa panela, a qual somei pimentas do reino preta e verde, alcaparras e azeitonas. Deixei que reduzisse toda a água. Coloquei numa forma, levei a geladeira.
É ótimo para untar torradas.