Fettuccine a moda do
Paillard.
A história é esta:
Paillard comprou um restaurante a um italiano. O italiano cometia sua
culinária direcionada a colônia italiana de Paris. Uma vez por
semana, acontecia a feira-livre diante de seu restaurante. O bom
italiano fazia marmitas para os feirantes, que em geral eram
italianos. Paillard não botou fim a este relacionamento, mas mudou
algumas coisas. Uma delas foi aproveitar as aparas de carnes e outras
nem tão nobres, por exemplo, o cordão do filé-mignon. O que fazia
Paillard? Batia as carnes até
romper sua dureza. Enfim. A sua clientela de sala, mudou, saíram os
italianos entravam os franceses. E nos dias de feira-livre os
feirantes comiam suas marmitas, mentre chegavam os comensais, que
sentindo o aroma do prato, perguntavam: ... ?
E os italianos respondiam é o fettuccine alla Paillard. Os comensais
começaram a pedir que Paillard os obsequiasse com aquele acepipe, e
o fettuccine entrou no cardápio. O fettuccine à moda do Paillard é
uma delicadeza. Como toda delicadeza, simples. Paillard batia os
bifes, e cortava em tirinhas e passava por frigideira com manteiga.
Pimenta do reino
. Sal. Veja bem, nada aqui é facultativo. Ainda que
se possa encontrar o descalabro bife batido (finíssimo) à
Paillard coberto com macarrão, não tem nada a ver.
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