Coq au Vin. Galeto no Vinho.
Acho que foi Asterix em
sinal de trégua, meio a uma batalha difícil, quem enviou o símbolo
francês, um Galo de briga de pescoço luzidio e de crista azulada,
ao romano Júlio César, que continente, aceitou e pediu a seu mestre
cuca que o preparasse. César serviu o galo cozido no melhor vinho
gaulês, em jantar protocolar. Asterix teve problemas digestivos
naquela noite.
Ervas como estragão,
cerefólio e louro, em partes iguais perfazendo uma colherinha das de
café. Cebolinha de conserva, um monte. Toucinho picadinho, manteiga,
usei banha, para dourar cebolinhas, toucinho e dois dentes de alho,
inteiros. Pimenta do reino branca e negra, facultativas. Umas dez
lasquinhas de porcini - cep - seco. Pode ser paris fresco. Cheiro
verde. Junto o galeto separado em coxa-sobrecoxa, peito em duas
partes e asas. As carcaças juntei também. Gosto de chupar esses
ossinhos. Fui dourando e gotejando vinho tinto seco. Quando as partes
se mostravam firmes e escurecidas, cobri-as com vinho e em fogo
baixo, cozinhei até quase secar, ficando um fundo espesso de caldo e
vinho. O aroma é espetacular. O sabor é picante, com toque de
azedinho, mas que logo a doçura das cebolinhas equilibram e o algo
de porcini nos carrega aos bosques de pinhos negros, nas duas
vertentes do desfiladeiro de Puy-de-Dôme, onde Asterix passou a
maior parte daquela noite. À propos, Puy-de-Dôme está próximo a
Clermond-Ferrand nos pré-Alpes, no Auvergne.
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