Batata Livro. Potato Book. Papa Libro. Patata Llibre. Kartoffel-Buch.


Batata Livro. Potato Book. Papa Libro. Patata Llibre. Kartoffel-Buch.



O mais difícil é laminar as batatas. Como na foto botei num recipiente que proibia a faca de chegar até o fim. Botei umas fatias de bacon entre as folhas do livro batata. Como se tivesse a marcar as páginas que mais me agradaram. Estou lendo Cartuxa de Parma, é um derrame narrativo de Sthendal, a cada folha, página, parágrafo. Aquele do Vermelho e o Negro. Sanseverina, a duquesa, é tão espetacular que logo me apaixonei. No começo do livro, o narrador, vivia dizendo que o duque usava pó, que o Fabrício usava pó. 





Fui me intrigando. Então descobri que usavam pó no cabelo. Um pó branco. E daí que vem o tal empoado. O cara que usa pó, no cabelo, é empoado. 
Livro. Libro. Buch. Book. Llibre. Essa batata foi feita pela primeira vez em Estocolmo. Restaurante Hasselback – a volta das avelãs – com bacon. Não descasco a batata. Facultativo. Lavo com o lado abrasivo da “Scoth brite” que tenho só para esse fim. Cuidado com o bacon, há deles que estão a saber a puro sal.
Eu meti em meio as folhas os trocitos de bacon. Depois fiz um refogado de cebola roxa, bacon e alho. Neste refogado dei uma fritada nos livros. De todos os lados. Adicionei então um caldo de bacon – água do cozinhamento de bacon – na mesma frigideira e quando tudo estava quase pronto, levei ao forno para gratinar.

 A cozinha fica cheirosa. As lombrigas vêm até às amígdalas, pensando que você não quer dar este prazer a elas, e já vêm a xingar de fominha, guloso. Fica bom. Boa. leitura.


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