O Peru tem cultura de larga prática gastronômica no uso de coisas vindas do mar, entre outras, sem embargo da imensa variedade de batatas. Tenho um amigo peruano aqui em
Ribeirão, por sorte, que tem me dado uns toques interessantes.
Mas este ceviche ele não
aprovou, em teoria, torceu o nariz, afinal a proposição é em cima do que lhe é mais caro de sua cultura culinária, ele é de Lima, à beira de largo oceano plantada, mas não fez cara de
nauseado. Na teoria o bacalhau já está cozido pelo sal. Assim que a
marinada em limão seria uma segunda cocção. Enfim. O que sei é
que ficou fantástico, ligeiro, alegre, estimula toda a cavidade
gustativa, muito menos nervoso que um picles, mas mesmo assim insinuante,
pediu a todo momento um vinho verde quase gelado, que não não tive
a capacidade de imaginá-lo de antemão,
Casei-o com um espumante da
Salton, brut, mas não consegui o efeito que, com certeza, teria
conseguido com o vinho verde, que em tempos, nem tão, remotos, cederia
passo ao Alvarinho, mas nem tudo foi tristeza, se o ceviche
passeou com suas idiossincrasias, sabia tão bem, que nem dava muita coragem de engoli-lo ( não havia tanto para tantos comensais), idiossincrasias nem tão alheias assim, as azeitonas
azapas, as alcaparras, os pimentões sem peles, os tomates, as
cebolas e os alhos sempre foram parceiros do bacalhau, o limão é
que lhe deu esse gosto de Carmem Miranda, de choro Brejeiro.
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