Paella com arroz preto,
na verdade grená, grená escuro, escuro como a asa da graúna,
graúna que voou baixo sobre o Santos, Santos que é dito Peixe,
peixe que é dieta mediterrânea. Quatro a zero.
Para essa paella tenho
pronto o refogado, você pode buscar mais literatura 'aqui' a respeito
de refogado, tenho o suco de peixe aqui também.
O primeiro passo. Veja
que metáfora sinedóquica, passo como procedimento. Pois o primeiro
procedimento foi usar o caldo de peixe, suco, fumê, como queiramos,
pois são variações sinonímicas, claro que há diferenças de
conteúdo, mas a essência é buscar e ter todo o sabor do fruto do
mar, do peixe, nesse caldo; assim cozo o arroz negro nesse caldo, o
arroz preto tem sua cocção demorada qual arroz integral, assim que
dificilmente passará do ponto “al dente”, mas é sempre bom ter
em conta que é um pré cozimento, que finalizará com os demais
ingredientes, que tem seus tempos de cocção ocorrendo antes do do
arroz ( não está errado, pode estar barroco, mas o primeiro “do”
ocupa o lugar de “do tempo” ).
Numa frigideira com
azeite bem quente dou uma sapecada nas lulas, retiro-as e reservo.
Tudo seguido passo os camarões e os mexilhões. Poderia botar
também algum tipo de peixe. Não o fiz. Em seguida boto o refogado.
Novamente os mexilhões, as lulas, uns camarõezinhos descascados e
o arroz pré. Cubro tudo com caldo de peixe, abaixo o fogo, quando
houver secado boa parte do líquido e o arroz começar a aparecer,
boto os frutos do mar que já havia passado pelo azeite quente e por
isso deixaram seus sucos nele, ajudando a impregnar o conjunto com
seus sabores.
Sirvo com limão
siciliano, uma boa opção de substituição é lima e limão Taiti,
ou galego. Bon profit u millor salut i força in canut. Visca el
Barça.
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