“Il
Tiramisù, è sicuramente uno dei dessert più golosi e conosciuti al
mondo.”
Entenda-se
golosi por deliciosa. Não sei se a mais deliciosa, por não crer em
nada limite, mas sicuramente a mais conhecida e seguramente uma
delicia. Dizemque foi inventado a “pedidos” do Granduca di
Toscana Cosino di Medici, e por isso se chamava “ zuppa del duca”
próprio in onore di Cosino. Em italiano como em espanhol ou catalão,
“tirar” quer dizer levantar, estirar, estender, tender de
tensionar, e uma das possibilidades do nome, vem de “tirare su”,
pois dizemque, já é outra história, a sobremesa foi servida às
pressas, posto que, o restaurante “el Toulà” já estava para
fechar. Histórias. Há quem diga que tiramisú quer dizer “levante
meu astral” sendo que “su” pode ser alto “giu” baixo, norte
e sul, andare su i giu, é andar para cima e para baixo, perdido.
Para
mim há uma bebida, também italiana, que é a cara, escarrada do
tiramisù, o Capuccino. Leite, café, creme de leite e chocolate. A
diferença está no creme inglês e na bolacha champanhe. Mas o
cerne, o âmago da coisa está no Capuccino. Quando fiz estágio no
ELBulli Sevilla, havia um italiano que fazia o tiramisu, segundo ele,
ancestrale, ma che! Dico. Italiano é igual argentino. Mas digamos
que havia fundamentos. Uma das mudanças qual passou o tiramisu, foi
uma necessidade de pasteurização do zabaione, o creme inglês, que
é gema de ovos com açúcar batidos até montarem e clarearem. Dizia
Marcelo que antes não se levava as gemas até a temperatura de 70 ou
80 graus, e se usava as claras batidas a ponto de neve, pois não se
temia a salmonela. Assim ele batia as gemas com açúcar, as claras a
ponto de neve, batia o creme de leite e o mascarpone.
Tudo a
temperatura ambiente. O único problema é de fato o risco da
salmonela, fora isso é fantástico, pois com as clara em neve, o
creme ganha em airosidade. Uma vez que tenho tudo preparado, misturo
primeiro o mascarpone com o zabaione(gemas montada) e sigo misturando
o creme de leite e termino com as claras, as amalgamo ao conjunto com
a espátula num movimento que vem do fundo da bacia para cima com o
cuidado de não perder o trabalho realizado com as claras, sem
pressa, lentamente. O resultado é um creme leve, quase branco, bege,
bege claríssimo. O restante todo mundo sabe. Café, que é uma das
graças dessa sobremesa, deve ser forte, expresso se possível. Se
gastei dinheiro com o mascarpone, devo gastar com o café. Não
gastei com o licor, que pode ser Marsalla ou rum, eu usei rum
Colombiano Aniversario, que ganhei no meu aniversário.
Outra
maneira de cometer o tiramisu, é montar as gemas com açúcar em
banho maria, para que não cozinhe as gemas e o açúcar se funda. E
não usa-se as claras. O restante do procedimento é o mesmo, sendo
que é necessário que se espere as gemas, montadas em banho maria,
esfriarem. Convém manter todo o conjunto na geladeira.
Há
um outro modo de perpetrar a coisa, trabalhosa não é, requer
planejamento pois deve-se ter preparado um dos ingredientes no dia
anterior: este: numa panela aqueça o creme de leite com açúcar e
logo que arranque a ferver, despeje-o sobre as gemas, bata-as o
suficiente para misturar bem e então leve a geladeira até o dia
seguinte, para quebrar o galho e arriscar, muito, pode ser só 12
horas, mas é arriscado o creme de leite não montar. Mas de um dia
para o outro, com certeza, o creme de leite montará.
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