Eu li um livro no qual
a personagem principal era um amante de miúdos, especialmente, rim
de cordeiro, pelo olor a urina que desprendia no momento em que o
passava por manteiga numa frigideira quente. Tomava-os como desjejum.
Não alcanço tal refinamento, mas tenho uma queda por essas coisas,
na verdade para mim são a essência do bicho. Moela, é uma luta
contra o cacófato, antes de ser um miúdo de frangos, galinhas,
enfim aves em geral.
Nos dias de hoje o
miúdo cacófito, já vem limpinho. Dou umas três afogadas na moela,
em água fervente, escaldo, para livrá-las do excesso de cheiro de
galinheiro. Eu tive galinheiros e galinhas, assim que sei o cheiro.
Creio que depois disso consigo obter somente o cheiro da ave. Creio,
mas não tenho fé.
Fiz um molho de tomate.
Cozinhei as moelas com cebola, louro, alho, pimenta dedo de moça,
tomate e cheiro verde. Quando estavam bem tenras, apartei-as do
restante que meti no molho de tomate e bati com o mini-pimer, coei,
espessei, misturei às moelas, voltei a cozinhá-las retifiquei, sal
e pimenta do reino. Piquei salsinha. Enfeitei. Manjei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário