As cercanias
de Florença observam
' Ognuno può fare della sua pasta gnocchi'
e
isso pode querer dizer: qualquer um pode fazer seu grude, ou
simplesmente, elegantemente: cada um tem a sua crença.
Dizemque o Gnocchi, que
nem assim se chamava, o que não importa nesse caso, era cometido
pelos pobres: é sempre a história porca. Quem quiser saber a origem
disso e de outras coisas deve ler entre hoje ou mais tardar amanhã,
o caso do detetive Antônio Niterói no blog o princípio da historia que desvelará
a origem da história, que explica sem cerimônias o fato de os
pratos tradicionais terem origem nas classes menos abastadas.
Voltemos ao Gnocchi, dizemque os ricos faziam suas pastas com farinha
de grano duro, os pobres usavam o pão velho, ralavam-no e o
misturavam com um tiquinho de farinha não cozida. E faziam esse
quitute, aparentemente como os temos hoje. Até que um dia a iguaria
caiu na graça dos poderosos, que claro a sofisticaram, onde pão
velho, grano duro. Pobres cozinhavam em água com ossos de galinha,
os outros em água de cogumelos porcini, venga avanti!
Até que, um dia chegou
em Veneza a batata, pela Áustria, Tirol. Do Peru, que tem uma
variedade de batatas assustadora. Dai veio a mistura da batata com
farinha.
Hoje, bom é:
pouquíssima farinha, batata bem cozida, o que dá leveza e
digestibilidade à massa, refinamentos de uma iguaria. Mas como
dizemque, dizem na Toscana profunda. 'Onguno può fare...'
A Cozinha Italiana
parece fácil. E é fácil quando vemos as receitas. Batata, farinha,
da batata faça pure, mistura com pouca farinha e pronto. Pronto
nada, é ai que volta o 'Oguno puó fare....'. Porém se queremos
algo memorável, temos que chegar ao ponto. No Gnocchi esse ponto é
a leveza, não o peso, a esponjosidade não o condensamento. O ideal
era ter umas batatas 'velhas' ou seja maduras, que já perdeu água.
Outro cuidado é assá-las com casca e tudo embrulhadas em papel para
forno em vez de as cozinhar, tudo para evitar perder amido e não
ganhar água.
Esse gnocchi não leva
ovo. Um quilo de batata bem cozida, para 100 gr de farinha de trigo.
Assar as batatas
envoltas.
Pelá-las ainda quente.
Passá-las pelo passa
purê.
Quando mornas trabalhe
o purê com a farinha.
Quanto mais braço
menos
farinha,
melhores nhoques.
Depois é dar forma,
fazer ranhuras com o garfo ou fazendo ligeira pressão sobre eles e
eles sobre uma peneira, tudo é criatividade para o molho se
“agarrar” ao gnocchi.
Para cozinhá-los
aconselha-se botar 'uma leva' de cada vez para que boiem ao mesmo
tempo, facilitando o trabalho, boiou tá cozido. Escorra.
O molho de tomates.
Tomates pelados e sem
semente, se quiser, e cortados a troços grosseiros. Troço já é
grosseiro, enfim.
Numa frigideira com
azeite, sem parcimônia, salpimento (louco né, pois é, sal e
pimenta no azeite se você tiver uma ou duas malaguetas, já é o
bastante), depois uma ralada de noz moscada e um nadica de nada de
orégano, se você gosta, bote mais. Rapidamente bote ai uns 6
tomates pelados e picados e deixe engrossar, reduzir, da espessura,
textura que te faria você se apaixonar outra vez pela mesma pessoa.
Pode dispor uma camada
de molho, uma de gnocchi e uma parmesão e se repete. Excelsos! Sem serem pletóricos.
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