Vinho o Casamento. Maridagem.
Van Gogh Pão e Vinho. |
Hoje li em algum lugar,
um enólogo, garantir. que logo logo, poderão – eles os enologos –
nos dizerem, com minúcia a música que deveremos ouvir ao beber
tal e qual vinho. Vá te catar, pensei. A pergunta que me vem é
sempre: Como podem ser tão chatos?
Como podem ser tão chatos, não sei. Mas penso que a chatice foi
suplantada pela toxidade, então derivo para: Como podem ser tão
tóxicos? Os tóxicos tornam o ambiente irrespirável, por vezes, e
as pessoas tóxicas tornam a vida insuportável. Esse e outros
'lances' "enosnob" – dizem que esnobe vem do inglês "snob", que vem
do latinm "sine nobilitate" – fazem da vida gastronômica algo
insuportável. Então há uma enologia tóxica, ou mesmo uma
gastronomia tóxica. Por quê? Porque nos impede de desfrutar tanto
da comida quanto da bebida. Como? Como! Criando-nos preocupações, como a falta de consciência, ou o desconhecimento, a
ignorância, mesmo!
Vão
assim pelo mundo: "você é um troglodita". "Um língua de pau", para
beber tal vinho, não está a "altura intelectual desses taninos", esse
vinho branco não combina com havaianas, ou a “maridagem” desse "Brunelo di Montalcino" com teu Bife a Parmegiana é uma aberração.
Eles querem é que eu me retraia, que fique insignificante diante do
vinho, querem dar um caráter apolíneo a algo dionisíaco. E ai o
que acontece? Todo mundo a cada dia fala mais de vinhos, e bebe-se
muito pouco vinho.
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