Pão com tomate. Pa amb tomàquet.
Os catalães creem
piamente que foram os inventores do acepipe: Pão com tomate. E para
que o surrealismo da coisa não passasse desapercebido, o catalão
Salvador Dali quando interrogado disse: El pa amb tomàquet es
català, jo tampoc. Algo como o pão com tomate é catalão, eu
tampouco. Ele se julgava universal. Talvez o fosse naquele momento.
Mas o ovo frito escorre pela tela, e o catalão mantém vivo o
lendário pintor, porque senão, o coração não perdoa. Enfim, pão
ou outro tipo de massa se casa a maravilhas com os americanos, mais
asteca que, tomates.
Mas a coisa é simples
e saborosa. Assim de simples: uma bela fatia de pão de massa forte e
crescida com fermento natural – meio azeda – . Torro as
superfícies. Então há dois caminhos. Um esfrego, gasto um dente de
alho numa das faces. Ou não. Em todo caso: fatio um tomate bem
maduro, ao meio, e o esborracho sobre a fatia de pão. Na catalunha
têm um tomate sumarento, que colhido em outubro se mantem intacto
até fevereiro, claro, dependurados num porão, e atendem pelo nome
de tomata de penja. Tomata é dialectal. Eu temperei minha torrada
sal e azeite. Duas possibilidades. Uma é comer. A outra incrementar
com, bacom, jamon, parma, salame, sardinha, atum etc.
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