Marolo. Bruto. Araticum.



Assim que a madotagem desmereceu em acabar,
mesmo fome não curtimos, por um bem: se caçou boi. A mais,
ainda tinha araticum maduro no cerrado. Mas, para balear uma
rês da solta, era o mister de toda sorte e diligência, por ser um
gado estruso, estranhador. O fumo de pitar se acabando
repentino na algibeira de uns e outros – bondade dos
companheiros era que acudia. Grandes Sertões, Veredas. J. Guimarães.




Marolo. Bruto. Araticum.





Vinha inocente pela José Bonifácio e me deparei com um caboclo “expondo” umas frutas imensas. De cara pensei que fosse fruta-do-conde. Não. Marolo me disse ele. Cheira, disse. Como! Disse ele. Vem lá das chãs mineiras imbicadas pros Goiáz. Sim com o sotaque o 's' virou 'z', como se em algum momento alguém ou ele houvesse desejado dizer Goiazes, e interrompeu a pronunciação no meio da sílaba, como ademais os mineiros fazem com Kaiser, kais, mesmo, mesm, este sempre termina com um 'm' labial, ou na hora que o lábio fecha. Acho que tem interferência de Goytacazes.
Exitei. Andei. Teimei. Voltei. Comprei. Entrei numa loja de perfumes, pois vi o Quorun na vitrine. O marolo lá também se fazia notar. Tomei café na Única e o seu cheiro selvagem insistia. Eu andava a ponto de parti-lo, temi por sua vida. O Bruto teve sorte, porque planejara uma foto sua (dele), somente assim ele chegou a casa são. Dá para sorvete, caipirinha, cremes e bolos. Chupei cada caroço! O próximo, quem sabe? Sei que espremi e consegui um creme de uma textura fantástica. Agora deixo a informação cozinhando na panela da ruminação.  

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