Céu. Terra. Mar. Codornas e batatas emascaradas com lula.





Tais lambanças gastronômicas são tipicas de povos da orla do mediterrâneo. Sem que faça disso uma assertiva demolidora: antigamente o fruto do mar era o que abundava, já os produtos da terra eram faltos, assim como o aviário. Dai que o fato de somar-se os frutos do mar, abundantes, aos outros mais raros, puro aumento de volume. Hoje a balança se desequilibrou, aos frutos do mar soma-se os demais. Nos países mediterrâneos essa mistura terra, mar e ar ganharam em equilibro, a busca de combinações para alem da satisfação da fome, o prazer. Ou seja, algo insaciável. Mas isso é uma outra questão.



Batatas emascaradas.
Cebola.
Há uma cebola, ou melhor uma refoga de cebola que pode durar horas. Não fui tão Caxias, e a cometi em 45 min em fogo baixíssimo, até que escureça, e ganhe em pontificações de açúcar. Caramelize.
Lula.
Faço rodelinhas bem finas de lula, como se de cebola se tratasse. Aproveito a lula congelada, que é muito simples de se cortar, principalmente para ganhar precisão no corte. Frito as rodelas de lula rapidamente, como soe pedir o octópode.
Batata.
Cozo as batatas com casca, para depois pelá-las, descuidadamente. Gosto do sabor da casca, se pouca.

Numa bacia, coisa de mineiros, misturo sem amalgamar. Emascaro as batatas.

Bacon.
Frito uma fatia de bacon bem fina, lentamente, até bem dourada e crocante. Reservo.

Codorna.
No azeite do bacon, frito o peito da codorna, e suas coxas e sobrecoxas. Até que fiquem bem crocantes, por fora.

Coloco as batatas com lulas e cebolas e acima os troços de ave e um chips de bacon.
Fica ótimo com azeite de salsinha.

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