A Joana, digamos assim, perguntou se sabia fazer sobremesas. Lá fui eu, querendo agarrá-la toda, em busca de surpreender seu paladar, espantar seus olhos e com alguma sorte provocar-lhe um gozo estético
gastronômico e que com esta sorte se some todas as outras que necessito para que se cumpram meus desejos, voláteis. Como juntar avelã, amora e hortelã. Cremosidade de pasta de avelã. A amora, fruta da última umidade sugada do solo de agosto, concentrado de cor e sabor, escassez do que lhe é estranho. Tamanho.
A hortelã é aroma que lembra a seda. A seda é o desenredar do casulo que é folha de amoreira metabolizada pelo bicho da seda. Um chá de hortelã que vira uma película de gelatina, com hortelã micro picada.
O creme de avelã vem em copinhos de vidro. Por fim um sugo de amoras. Tudo fica na geladeira até o momento de montar e servir.
Na película de gelatina (ágar-ágar, gelatina de algas) boto a pasta de avelã, com o auxílio de uma manga pasteleira. Enrolo a folha de gelatina pela pasta a obter um canelone de hortelã com avelã e sobre tudo pouso o sugo de amora. Enfeito com um capuchinho de hortelã.Ah botei um par de mirtilos, pra saírem na foto. Bom proveito.
Feito na hora na frente da vítima.
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