Gourmandise: Costela e Chuleta de Boi\Vaca Faisandè!





Alem do Contra-filé e a Chuleta, a Costela também se deixa em câmaras frias por 6, 8 meses a carne ''maturando'' sem vácuo, é o método de Brillat Savarin e Grimod de la Reynière aconselhavam para a carne de caça, muito usado para o Faisão,
e que já provei com a Galinha d'Angola, a propósito de obter ''l'alteration de la senteur'' (modificar o aroma), agora sendo usado para maturações de longa duração para o vacum, supondo um tipo de ''faisandage'' controlado que foi muito usado na França do séc XVIII. Este método está sendo usado para animais velhos, seja, como os que são vendidos aqui - Brasil -, maduros, e não os novilhos; o método é idealizado para se fazer direto na brasa uma bela costela, uma chuleta grossa, um contra-filé alto, e conseguir a textura e macieza que tanto nos agrada, sem ter que perpetrar os famosos embrulhos com papel alumínio e o bafo tão demorado.
O Chef que botou em prática tal façanha, ironicamente, é de uma terra de pouca carne de vaca, Suécia. Seu nome Magnus Nilsson, melhor restaurante do mundo em Fäviken, segundo a Michelin e a famosa inglesa Restaurant.
Vou tentar, daqui a seis meses aviso.


Comida de buteco: Linguiça de Dumont!


Linguiça de Dumont frita em óleo abundante, cebola roxa confitada em azeite a 80 graus celsius e tomate confitado em azeite junto com a cebola. Papo sério esta linguiça!

Galinha Caipira Bêbada com Arroz Negro à banda! E Monk!



No fundo Thelonius Monk Quintet – 1959 Jackie-ing, então tinha quatro meses, para começar...

Passei pela Av. Lusitana uma infinidade de vezes, sempre namorando as galinhas, num armazém que tem de um tudo, inclusive galinhas vivas, primeiro foi uma d'Angola, quando fui a comprá-la havia sido vendida, sorte dela. Sábado comprei uma carijó, ficou aqui em casa até ontem, dentro de uma gaiolinha, pobrezinha, a comer milho e beber Heinecken. Viciou na cerveja. Acordava bêbada! Dormia bêbada! Eu e ela, mas eu sou humano, desumano, e como galinhas! Escrevo isso tentando entender essa maluquice, mas não vai ser agora, que quero escrever uma receita. Uma receita é uma sentença sem embargos infringentes, acabou tá acabado. Assim que saibam os quantos estão a ler, que a carijó subiu no telhado! Havia pensado em fazer galinha ao molho pardo, que aprendi em Três Corações, com a Zezé, a mãe do Zé. Mas a minha mãe, torceu-lhe o pescoço, à galinha carijó. Foi uma falha de comunicação. Ruídos, para sempre.

Ficou, depois de depenada, dentro da geladeira do fundo que uso para minhas experiências, dependurada pelo pescoço, limpa por dentro a escorrer do sangue. A maldade não vê limites. Monk Misterioso.
Como um Robespierre mais que pragmático, esquartejo-a! Coxas. Sobrecoxas. Peito. Asas. Sobrecu. Tiro a pele de algumas partes e de outras não, a asa, por exemplo, não. Epistrophy! Live in Japan. Charlie Rouse, Butch Warren and Frankie Dunlop!

Começo por bronzear as partes numa frigideira. Os miúdos, todos, pés, cabeça, carcaça, coração, figado e moela os douro numa panela com cebola, cenoura, salsão, dentes de alho e um tomate cortado em quatro. Quando tudo está dourado, acrescento um bocado de Heinecken, que foi a cerveja que ela bebeu. Enquanto isso na frigideira grande vou dando voltas aos pedaços da galinha, temperados com sal, pimenta do reino e só. Dourando. Como me ensinou uma sorocabana, a Flávia, quando dou o tombo nos pedaços, somo um golinho de água. Deixo secar. Volto a dar a volta e mais tiquinho de Heinecken. E assim vou até que tudo esteja dourado. Vertig! Como dizem os tedescos. Pronto.

Na panela com os miúdos a heinecken secou, então acresço dois litros d'água, quando reduzir pela metade, coo-o. O líquido cozerá o arroz, uma parte, a outra junto aos sucos do cozimento dos pedaços de frango, para fazer um molho denso, cremoso, pouco, mas sem nenhum truque (amidos, gemas, gelatinas só as naturais do bicho). Os miúdos.Monk, Evidence, ainda no Japão! Os miúdos que têm osso, como têm no plural tem acento, vou separando os ossos das carnes, poucas, mas muito saborosas. O melhor é fazer esta operação com os miúdos ainda quentes, quer dizer, suportavelmente quentes para as mãos! Na cabeça tem sabores interessantes! Mas cuido de não deixar seus pequenos ossos acompanharem a pouca carne e assim pouco mais do mesmo com as costelas.
Esta carne vai no arroz!
O arroz preto - outra receita, mais uma -  demora-se mais no seu cozimento, como o Paulo no banho, canta, imita o Alceu Valença, sem saber nada de Alceu Valença! Flamenco Sketches! Com Miles Davis, Kind of Blue. Mas quando estiver cozido pela metade, e o caldo secado, faço um refogado com cebola roxa, alho e manteiga. Somo o arroz cozido a meias. Deixo que absorva o que puder e vou dando-lhe caldo, caldo e caldo. Listo! Como dizem os espanhóis.
O molho está espesso. A galinha dourada. O arroz cremoso e mando para o ar seu olor amendoado.
MonK in Norway, Quarteto Performing Monk Blue, 1966, já tinha 7 anos.

a foto ficou ruim a beça!



Vinho I. Solo.

Vinho I.
Solo.





A videira encontra sua delicia de viver em solos pobres, os solos úmidos, barrentos e muito férteis são para os cereais, hortas, frutas e legumes.
As raízes, de videiras, bem desenvolvidas pode ir a dez metros de profundidade em busca de água e oligoelementos de que necessita.
irrigação
Os melhores solos (ruins) são aqueles que podem superar as condições climáticas, que permitem uma boa drenagem e que dão água regularmente à videira.
Os elementos que a planta necessita encontrar para um bom desenvolvimento é o fósforo, potássio e nitrogênio.
Grosso modo, o solo caracteriza o vinho das seguintes maneiras:
Areia: leveza, fineza e permeabilidade.

Granito: aromaticidade, afrutamento, suavidade, imediata ou acidez suave ao final.
Arenito: nervos, enxuto, encorpado e acidez sutil;
Calcário: carnosidade, elegante e acidez cítrica e fina.
xisto
Argila: grosso, gordo e quase tânico.
Xisto betuminoso: adelgaçado, austero e mineral.


Noz. Nozes.

Noz. Nozes.

A noz é pura saúde enclausurada. Contém dez ou mais antioxidantes, e muita proteína ( 1g em 7 de noz) além das fibras ( 1 g em 14 de noz).
É um dos poucos frutos que aportam melatonina, e que ajuda a regula o ciclo do sonho. No mais, descobriu-se que as nozes têm o dobro de polifenóis que os outros frutos secos. Segundo a doutora Wendy Brazilian ''é bom pra tudo'' reduz colesterol, regula pressão cardiovascular, ainda tem propriedades anti-inflamatórias, ajuda produzir espermas de qualidade e ajuda a retardar a demência.

Prefiro as nozes em si, ou para fazer um pesto, na massa de pizza, de pão, com queijo gorgonzola ou uma coalhada bem azeda, mas com mel.


Outros frutos secos: amêndoas, castanha do Pará, amendoim, pistaches, avelãs, castanha de caju, macadâmia e pecãs.    

Jang: Umami engarrafado!


Jang: umami engarrafado!

É o produto ''revelação'' da alta gastronomia, Jang Sauce, molho Jang já foi visto pelas prateleiras mais sofisticadas da grande metrópole, e disponível para os amantes dos sabores da cozinha asiática. É soja fermentada, coreana, e sua função é realçar e equilibrar os sabores do prato, de forma ''natural'' e sem esconder o gosto de cada ''ingrediente''. É uma versão do Umami, seja do ajinomoto, sofisticada, o quinto sabor, além do doce, amargo,salgado e o azedo.
Diz-se que na Coreia, está presente em 90% das receitas. Algo como o que se passa por aqui com o ajinomoto.