Costelinha “confitada” de porco com sálvia.




Confitar, como já disse algures, é um método de cocção, que nossos avós usavam, a miúde principalmente para manter em conserva a carne da matança do porco. Um porco, em geral, se mata quando o bicho alcança os trezentos quilos.






 É e era muita carne para se consumir imediatamente. Duma parte se fazia sabão, doutra embutidos, linguiças, chouriços. Alem, se mantinha se cozia numa lata grande a fogo lento de lenha e ia se consumindo pouco a pouco. Eu mesmo levei muito lanche ( entre a quinta e oitava série) para a hora do recreio, feito basicamente de pedaço de carne de porco confitada e como manteiga a própria gordura. Que em Espanha se chama manteca de cerdo. Esse lanche tinha enorme apelo, pois sempre havia os que me ofereciam em troca, pão com presunto e queijo, que não tardava em aceitar, dado que aquilo outro era moderno e porque não dizer chique, para a época.
O barato de confitar está no fato de que a carne mantem sua forma inicial, pouco variando. E por incrível que venha parecer, não fica gordurosa.

Cobri a costelinha com óleo de soja, botei junto um pau de canela, louro uma folha, pimenta do reino e sálvia. Deixei no forno bem fraco por quarenta minutos. O óleo não precisa e não deve ferver.
Com a costelinha ainda quente, empurrei os ossos de um lado para o outro, tirei-os e fiz uns cortes superficiais com a ponta da faca e passei a peça inteira pela frigideira e salpimentei.

Noutra frigideira derreti a manteiga e em fogo bem suave deixei “infusionar” com sálvia. E para emulsionar dei-lha umas gotas de limão. Servi.